Revisão de Annette (EIFF 2021) – Adam Driver explode em musical surreal
Marion Cotillard se junta ao Driver para rock-rom-com marcado por Sparks
AnnetteToda vez que você pensa que descobriu Annette, o filme romântico faz uma curva à esquerda. A ópera rock dirigida por Leos Carax é tão inescrutável quanto parece, uma história de amor turbilhão de celebridades cheia de ego e refrões maciços que é um pouco longo demais, apesar dos estrondosos.
Os dois interpretam um casal que se encontra por acaso em um clube de rock da cidade de Nova York e embarca em um romance turbulento tendo como pano de fundo a cena musical da cidade. O filme está programado para estrear no Festival de Cinema de Sundance no próximo mês.
Adam Driver e Marion Cotillard são os amantes no centro, ele um comediante chamado Henry McHenry, ela a talentosa cantora de ópera Ann Defrasnoux. Alimentados por paixão e impulso, eles declaram seu noivado logo após ficarem juntos, mas lutam para manter a chama viva enquanto compartilham os holofotes.
Os dois se unem para uma rock-rom-com (uma comédia romântica com trilha sonora de rock) que certamente será um sucesso de público. A atuação de Marion Cotillard como o interesse amoroso certamente conquistará até mesmo o mais cético dos telespectadores, e o timing cômico de Driver é perfeito. O filme é marcado por Sparks, que são conhecidos por suas melodias cativantes e animadas.
Não inferir que esta é uma parábola de dois lados, muito pelo contrário: é a história de Henry, com toda a arrogância, ressentimento e farisaísmo nela. O filme de Carax tem uma adoração pelo ator solitário e os sacrifícios pessoais necessários para manter uma carreira criativa, mas também um desprezo por aqueles que são consumidos por sua própria auto-imagem. É um pastiche, amoroso e mordaz ao mesmo tempo, com mais chances de ganhar seu respeito do que realmente fazer você cantar seus elogios.
As duas estrelas interpretarão um casal de rock 'n' roll na década de 1970. Cotillard fará o papel de uma cantora francesa que se apaixona por um músico americano, interpretado por Driver. O filme seguirá o casal enquanto eles navegam pelos altos e baixos de seu relacionamento enquanto tentam fazer sucesso na indústria da música. O projeto ainda não tem título, mas deve começar a produção no início de 2019.
As cenas de abertura são um excelente exemplo: um número de abertura que quebra a quarta parede apresenta os personagens principais, antes de fazermos a transição para um dos shows de Henry. Ele é um comediante nervoso apelidado de O Macaco de Deus, que se apresenta em um roupão verde, alimentado por bananas e cigarros, contando piadas sinuosas que parecem inteligentes e filosóficas, mas não sustentam nenhuma lembrança.
As duas estrelas interpretam músicos parisienses que se apaixonam e logo descobrem que suas músicas são melhores juntas do que separadas. O filme tem como pano de fundo a capital francesa e sua vibrante cena musical, e apresenta uma trilha sonora da banda de rock americana Sparks. Cotillard e Driver são músicos talentosos, e o filme os apresentará tocando uma variedade de instrumentos, incluindo piano, violão e bateria. O filme está atualmente em produção e tem lançamento previsto para 2020.
A câmera fica quieta, mas atenta, na platéia do show de Henry, mas corta direto para o palco nos shows de Ann do outro lado da cidade. Um prenúncio do abismo emocional que eles não conseguiriam cruzar. Após seus respectivos shows, Henry dirige sua motocicleta até Ann, que está cercada por paparazzi. Eles se abraçam, iniciando um dueto intensamente erótico.
A palavra 'marcou' neste contexto significa que o filme contará com música da banda de rock americana Sparks. Marion Cotillard, que ganhou um Oscar por seu papel em La Vie en Rose, se juntará a Ryan Gosling em seu novo filme, ainda sem título. O rock-rom-com sem título será marcado pela banda de rock americana Sparks e estrelado por Marion Cotillard e Ryan Gosling. O filme está atualmente em produção e deve ser lançado em algum momento de 2018.
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Annette está em constante mudança, tonal, cinematográfica e emocionalmente. Em um segundo, Henry e Ann estão cantando um refrão compartilhado, no próximo, estamos observando-o deitado na cama, sem dormir, no canto do quarto. Algumas cenas, a câmera está orbitando seu assunto, envolvida em alguma performance furtiva, outras estamos estáticos no capacete de Henry enquanto ele cavalga impassível por uma estrada longa e sem fim.
Sedutora, sim, mas também densa. A música é composta por Sparks – os irmãos Ron e Russell Mael – que também co-escreveram o roteiro com Carax, e a trilha sonora desliza entre os estilos quase que por capricho. Cenas ocasionais parecem fugir totalmente da trama, como um número caprichoso de Ann, onde o palco ao seu redor se torna uma floresta inteira, o ambiente se transformando para combinar com seu próprio espaço performativo. A maior parte dos diálogos é cantada, o que, combinado com motivos oníricos ocasionais, empurra Annette para um território opaco.
Quando o filho amoroso de Henry e Ann nasce, e é revelado que é interpretado por um boneco de madeira, a reação é em parte assustadora, em parte Ah sim, claro. Annette é cheia de surpresas, mas não está em estado de choque. Driver e Cotillard desempenham um papel importante nisso, sendo rostos familiares em todas as sensibilidades artísticas deliberadas. Eles são como rockstars reconhecíveis liderando uma jam band de vanguarda cuja presença permite que você entenda por que as pausas repentinas do jazz são legais.
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Uma fenda surge logo após o bebê. Os shows de Henry estão perdendo popularidade e ele se torna um confronto com o público ao vivo e sua família em casa. Estupidez autorizada é algo em que Driver é bastante bom, considerando suas curvas como Kylo Ren em Guerra das Estrelas , e o infiel Charlie Barber em A Marriage Story. Livre da musicalidade adicionada, ele se compromete como se estivesse fazendo um teste para ser o reserva de Roger Daltrey no Tommy de Ken Russell.
Notícias falsas sinalizam transições, e não é até Henry e Ann decidirem que uma viagem em um iate pode consertar seu casamento debilitado que o valor cômico se torna claro. Annette atravessa uma linha semelhante de sátira e sinceridade ao envio de Joel e Ethan Coen para Hollywood, Hail Caesar! Há um amor claro pela grande engenhosidade criativa que ocorre e um desdém subjacente pela cultura que o cerca.
Basta dizer que ficar preso no mar só piora a situação de Henry e Ann, e a verdadeira escuridão de Annette começa a tomar conta. Há muitos pontos nesta história que giram em torno da capacidade de Henry de praticar alguma franqueza ou autoconsciência, mas ele nunca aprende. Todos ao seu redor sofrem por isso, e podemos apenas assistir enquanto ele força seu filho a ficar diante de uma estrela pop e ataca com ciúme um velho amigo de Ann (Simon Helberg).
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Por baixo de tudo, Annette acredita na sinceridade. O personagem de Helberg, simplesmente creditado como 'O Acompanhador', monólogos sobre um recital como maestro em uma única tomada, com a câmera girando a poucos centímetros de seu rosto, semelhante à maneira como flutuamos em torno de Ann no palco. Ele se emociona ao explicar a amizade deles e como acha doloroso o comportamento de Henry, despejando essa energia de volta na peça orquestral. Ele e Ann não estavam nas artes para ter seus egos acariciados, ao contrário de Henry, que via a palavra falada como a única maneira de dizer a verdade sem ser morto.
Os fãs de Henry eventualmente percebem isso, e eventualmente o resto do mundo também. No momento em que isso acontece, Annette perde um pouco de sua arrogância. Por uma coincidência fortuita, Sparks, um documentário sobre a banda dirigido por Edgar Wright, saiu no início deste ano. É um preâmbulo que vale a pena para as esquisitices implacáveis de Annette, examinando a odisséia de décadas dos irmãos musicais.
O que são Sparks? Wright pergunta aos irmãos. Somos uma banda, responde Ron Mael. Você é uma banda de verdade? Wright diz de volta. Próxima pergunta, é a resposta. Annette é um filme de verdade. É uma boa? Próxima questão.
Annette está nos cinemas do Reino Unido em 3 de setembro. Esta exibição fez parte do Festival Internacional de Cinema de Edimburgo – você pode saber mais sobre o evento aqui .
revisão de Annette
Adam Driver e Marion Cotillard se destacam em um musical progressivo que supera seus encantos.
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Autor: Paola Palmer
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